Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Meios sustentáveis garantem maior rentabilidade na cultura do café

Gandolfi garante que sua palestra irá chamar a atenção do público para a oportunidade que as reservas legais representam para as propriedades e os negócios.

Prevista pelo Código Florestal, reserva legal é definida como uma área de conservação que toda propriedade deve possuir, mas cujo percentual de extensão varia conforme a região do Brasil. "Na maior parte do país, ela corresponde a 20% da área da propriedade e deve ser mantida com floresta nativa, para fins de conservação, ou seja, preservação e uso através de manejo florestal sustentável. Se essa área não mais existir, ela deve ser restaurada e, nesse processo de restauração, o uso econômico sustentável pode ser planejado", explica Gandolfi.

Segundo o ecólogo, os ganhos econômicos podem ser diretos ou indiretos. "No aproveitamento indireto, observa-se um aumento da produtividade dos cafezais -- aproximadamente em 20% - distantes até 1 km de áreas de florestas nativas. A maior rentabilidade resulta do aumento da polinização da cultura feita por insetos provenientes das florestas vizinhas", explana.

Por outro lado, no aproveitamento direto, obtém-se o uso sustentável das áreas de florestas nativas para atividade de turismo rural, o que possibilita uma renda complementar ao agricultor. "Além disso, por meio do manejo sustentável das espécies florestais nativas, é possível fornecer diversos produtos comercializáveis, tais como, lenha, carvão, madeira, frutos, mel, sementes, resinas, pigmentos, óleos, fármacos, etc", sugere Gandolfi.

De acordo com o professor, os benefícios podem ir muito além da rentabilidade proporcionada pelo crescimento da produção. "Há vantagens pelo aumento de valor agregado proveniente da certificação ambiental (ágio), pelo aumento de renda resultante da comercialização de produtos florestais das reservas legais e pela possibilidade de exploração de atividades turísticas", garante.

Os ganhos não se limitam à renda, segundo o ecólogo. "O principal benefício dessas reservas é o aumento da sustentabilidade dos cultivos agrícolas, resultante do maior controle natural de pragas e doenças", declara.

A palestra sobre aproveitamento econômico de áreas de reserva é apenas uma das várias atividades do VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. A apresentação de Gandolfi ocorre no dia 25 de agosto de 2011, às 10h30.

O EVENTO
O VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil será realizado no Tauá Grande Hotel Termas e Convention, em Araxá (MG). O evento é uma realização do Consórcio Pesquisa Café, com organização da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e co-organização da Embrapa Café.

FONTE
Embrapa Café
Cyntia Menezes - Jornalista
Telefone: (61) 3448-4566

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