Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Quanto Vale o Selo "Made In Brazil"?

Nossas emissões de GEE estão bem abaixo quando comparadas com outros países; 72,5% de nossa energia elétrica é de origem hídrica, portanto uma fonte não poluente. Temos o Etanol como fonte alternativa de energia verde...fonte renovável e limpa. Temos a maior floresta tropical do mundo, somos os maiores produtores de alimentos e água. Estamos depois de muito esforço- e teremos que fazer muito mais ainda - caminhando para um cenário de maior preservação da biodiversidade.


Que valor real tem isso tudo no sistema geopolítico onde as potencias econômicas, bélicas e populacionais diariamente depauperam os recursos que são tão imprescindíveis?

Quanto realmente “custa” e “vale” o nosso PIB?

Faltariam "componentes de custo" a serem alocados, como por exemplo, o valor da biodiversidade nele embarcada? Cobramos adequadamente pela biodiversidade sacrificada para a produção das commodities agropecuárias exportadas? E se adicionarmos estes componentes perderíamos competitividade?

A OMC já fala em sobretaxar economias que apresentem "pegadas intensivas de carbono” e diversas nações já estudam como poderiam, com esta medida, proteger suas economias. Sobretaxar importações preserva os mercados internos da competitividade externa, mas ao mesmo tempo os atrasa tecnologicamente. Lembram da reserva de mercado da informática no Brasil?

Décadas atrás comprávamos sem pestanejar artigos que carregavam o selo MADE IN GERMANY, JAPAN ou USA.


Estes selos transmitiam, intrinsecamente, um grande valor embutido no produto.

Garantias virtuais que representavam reputação em eficiência, durabilidade,tecnologia de ponta embarcada, enfim um conjunto de valores contemporâneos que realmente contavam. Por ironia o MADE IN CHINA  valia quase nada e isto não faz muito tempo.


Mas o que realmente contará nas próximas décadas do século XXI ?

Garantia concreta da qualidade de vida adequada para nós e  futuras gerações?
De que adiantaria ter equipamentos de ultima geração e ao mesmo tempo agudas limitações : fome, sede, atmosfera poluída, insegurança climática e alto risco de convulsões sociais?

Seria esta nossa vocação para o futuro? De provedor da biodiversidade necessária à existencia sustentada pelo que existe de mais moderno em tecnologia.

Há fortes indícios que as commodities ambientais serão componentes vitais à futura economia e sociedade de baixo-carbono neste século!

Este é o "momentum" para começar a edificar o selo MADE IN BRAZIL.



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