Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Seminário em Brasília debate indicadores de sustentabilidade para meios de comunicação

Por Maira Magro
Representantes de meios de comunicação e de entidades sociais da América Latina se reúnem em Brasília, nos dias 21 e 22 de outubro, para o seminário “Indicadores de sustentabilidade para o setor de mídia”, organizado pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), a Fundação Avina, a representação da Unesco no Brasil, a Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano (FNPI) e a Universidade Javeriana da Colômbia, com apoio da Fundação Ford. O objetivo é discutir a primeira versão de uma ferramenta que permita avaliar as atividades e o impacto das empresas de comunicação do mundo inteiro, com foco na responsabilidade social.

Os indicadores de responsabilidade dos meios de comunicação vêm sendo desenvolvidos pela Gobal Reporting Initiative (GRI) – organização internacional com sede na Holanda que desenvolveu quadros de referência para relatórios de sustentabilidade adotados pelas maiores empresas do planeta.

Para o setor da mídia, questões a serem avaliadas incluem transparência; qualidade da cobertura (devido ao grau de influência do conteúdo divulgado pelos meios de comunicação no público em geral); questões trabalhistas, como salários e condições de trabalho dos jornalistas e outros funcionários; e impactos ambientais, envolvendo, por exemplo, o uso de papel. Consulte este link (em inglês) para mais informações sobre o processo de elaboração dos indicadores, e veja aqui (PDF, em inlgês) um rascunho das propostas atuais.

Os resultados do seminário serão apresentados a um grupo de trabalho internacional que também recebeu contribuições por uma consulta pública na internet. Depois de mais uma rodada de comentários, os indicadores de sustentabilidade da mídia devem ser implementados em setembro de 2011.


Participam do encontro em Brasília representantes da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), Associação Nacional de Jornais (ANJ), Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Rede Globo, Grupo Estado, Grupo Abril, El Mercurio (Chile), El Universo (Equador), Última Hora (Paraguai), RPP (Peru) e Telefe (Argentina). As entidades sociais serão representadas pela Andi, o Fórum pela Democratização das Comunicações, a Federação Nacional de Jornalistas, a Rede Nacional de Observatórios de Meios, o Intervozes, o Ipea, o Observatório da Imprensa e o Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília, entre outros.

Em 2008, a Unesco lançou os Indicadores de Desenvolvimento da Mídia (faça o download do documento em formato PDF), com uma proposta semelhante.

O diretor executivo da GRI, Ernst Ligteringen, explica a importância da iniciativa: “Além de informar a sociedade sobre questões operacionais, como o uso de papel ou padrões de saúde e segurança, o setor da mídia deve enfrentar a tarefa de divulgar o impacto de seu negócio central – a comunicação em massa. Obviamente, as mensagens divulgadas pelos meios de comunicação influenciam a opinião global em questões fundamentais. A forma em que o público em geral, as empresas e os governos respondem às mensagens da mídia pode afetar a economia, o meio ambiente e a sociedade como um todo. Portanto, as empresas de comunicação carregam uma enorme responsabilidade e devem ser transparentes sobre suas atividades. Muitas delas estão interessadas em um direcionamento mais específico sobre como monitorar seus impactos e ser transparentes para seus consumidores e outros atores importantes no setor.”

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