Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Estudo revela risco de extinção enfrentado por diversas espécies animais



As principais causas apontadas foram as agressões ao meio ambiente ao redor do planeta. Aproximadamente 20% de todas as espécies estão ameaçadas.


 Um estudo divulgado nesta terça-feira à noite pela revista Science, uma das mais respeitadas do mundo, revelou o risco de extinção enfrentado por diversas espécies animais. As agressões ao meio ambiente, ao redor do planeta, foram apontadas como a principal causa.

Do urso ao sapo. Do tubarão à arara. Vinte e cinco mil espécies de mamíferos, aves, anfíbios, répteis e peixes, que estão na lista de animais ameaçados de extinção, foram analisadas por 174 cientistas do mundo todo.

Pela primeira vez os animais foram vistos numa escala global. E a descoberta foi desagradável.

De acordo com a pesquisa 20% de todas as espécies de vertebrados estão ameaçadas: 41% de todos os anfíbios; 33% dos peixes cartilaginosos, como os tubarões; 25% de todos os mamíferos; 22% dos répteis; 15% dos peixes ósseos, como o bacalhau e o atum e 13% das aves estão em risco de desaparecerem.

O estudo mostra que esses números são crescentes. Em média, 52 tipos de aves, mamíferos e anfíbios ficam mais perto da extinção a cada ano.

E, para os pesquisadores, tudo isso poderia ser 20% pior. Só não foi por causa do esforço mundial de preservação, afirmam os cientistas. Mas um esforço, segundo eles, insuficiente para reverter os danos causados pelo manuseio da terra, pelas mudanças do clima e pelo aquecimento dos oceanos.

E os pesquisadores destacam que as espécies estão desaparecendo num ritmo mais alarmante em regiões tropicais: a pior situação, de acordo com o estudo, é no sudeste asiático, onde a expansão agrícola, a extração de madeira e a caça são intensas. No continente africano, grupos inteiros de mamíferos podem deixar de existir com a destruição de florestas.

A Amazônia, claro, também aparece na pesquisa. Os cientistas alertam que a combinação de desmatamento florestal e alterações climáticas leva à seca na região e isso pode acabar com a vegetação e com os alimentos dos animais.

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