Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

O Boneco de Sal >>> Autor Desconhecido

...Talvez uma estória dos mestres espirituais antigos nos esclareça o sentido da perda que produz um ganho.

“Era uma vez um boneco de sal. Após peregrinar por terras áridas chegou a descobrir o mar que nunca vira antes e, por isso, não conseguia compreendê-lo. Perguntou o boneco de sal: ‘Quem és tu?’. E o mar respondeu: ‘eu sou o mar’.
Tornou o boneco de sal: ‘Mas que é o mar?’. E o mar respondeu: ‘Sou eu’. ‘Não entendo’, disse o boneco de sal. ‘Mas gostaria muito de compreender-te; como faço’? O mar simplesmente respondeu: ‘toca-me’.

Então o boneco de sal, timidamente, tocou o mar com a ponta dos dedos do pé. Percebeu que aquilo começou a ser compreensível. Mas logo se deu conta de que haviam desaparecido as pontas dos pés. ‘Ó mar, veja o que fizeste comigo!’ E o mar respondeu:’Tu deste alguma coisa de ti e eu te dei compreensão; tens que te dares todo para me compreender todo’.
E o boneco de sal começou a entrar lentamente mar adentro, devagar e solene, como quem vai fazer a coisa mais importante de sua vida. E, na medida que ia entrando, ia também se diluindo e compreendendo cada vez mais o mar.
E o boneco continuava perguntando: ‘que é o mar’. Até que uma onda o cobriu totalmente. Pode ainda dizer, no último momento, antes de diluir-se no mar: ‘Sou eu’”.


Desapegou-se de tudo e ganhou tudo: o verdadeiro eu.

texto extraido de artigo de leonardo Boff.

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