Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

"RUMO À CÚPULA DA TERRA 2010", Conferencia de Ignacy Sachs /// IEA-USP

29 de abril, das 14h00 às 16h00
auditório Alberto Carvalho da Silva do IEA/USP - Rua da Reitoria, 374 - Cidade Universitária, Butantã, São Paulo

A Cúpula da Terra de 2012, a ser realizada no Brasil, deverá enfrentar vários desafios ambientais e sociais, segundo o economista e sociólogo Ignacy Sachs, professor emérito da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (França). Para ele, a recente reunião Copenhague mostrou que “devemos buscar novas formas de articulação das políticas nacionais e, nesse contexto, convém examinar o papel de planos nacionais de longo prazo construídos a partir dos conceitos de pegada ecológica e de trabalho decente".

Esses desafios serão discutidos por Sachs na conferência "Rumo à Cúpula da Terra 2012", no dia 29 de abril, às 14h, no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. Três professores da USP também participam do evento: Ricardo Abramovay, da Faculdade de Economia e Administração, e Wagner Costa Ribeiro, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (Procam) e do IEA, serão os debatedores; Pedro Jacobi, da Faculdade de Educação e do Procam, coordenará o encontro.

Na opinião de Sachs, a Agenda 21 elaborada na Rio-92 (Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento) se chocou com a contrarreforma neoliberal, que estava em seu auge depois da queda do Muro de Berlim. Ele considera que a recente crise econômica “mostrou a improcedência do mito dos mercados que se autorregulam”. Em razão disso, os países emergentes “estarão numa posição mais favorável para propor uma transição ordenada para a economia de baixo carbono baseada na cooperação entre Estados desenvolvimentistas”.

Sachs é professor emérito da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (França) e diretor honorário do Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo da mesma instituição. Alguns dos seus livros são “Rumo à Ecossocioeconomia – Teoria e Prática do Desenvolvimento (2007), "Extrativismo na Amazônia Brasileira: Perspectivas sobre o Desenvolvimento Regional" (1994) e "Estratégias de Transição para o Século 21: Desenvolvimento e Meio Ambiente" (1993).

A conferência acontece no Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA, Rua da Reitoria, 374, térreo, Cidade Universitária, São Paulo. Haverá transmissão ao vivo pela web em www.iea.usp.br/aovivo. Mais informações: com Inês Iwashita (ineshita@usp.br), tel. (11) 3091-1685.

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