Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Chegou a hora dos povos, afirma defensor equatoriano /// Prensa Latina

martes, 20 de abril de 2010
20 de abril de 2010, 15:58Cochabamba, Bolívia, 20 abr (Prensa Latina) O Defensor do Povo do Equador, Fernando Gutiérrez, afirmou hoje que a Conferência Mundial sobre Mudança Climática em Cochabamba, é o espaço que reclamavam aqueles que até agora não tinham voz.

Em declarações exclusivas à Prensa Latina, Gutiérrez elogiou a iniciativa do presidente Evo Morales de convocar esta reunião, depois do fracasso da Cúpula das Nações Unidas em Copenhague (Dinamarca) em dezembro do ano passado.

A proposta de Morales é um enorme acerto para que definitivamente as nações industrializadas e as transnacionais cujos interesses representam se deem conta da urgência de salvar o planeta, assinalou.

Devemos esperar que as grandes potências continuarão inventando truques como fizeram em Copenhague, para aprofundar nas utilidades dessas sociedades de consumo, alertou.

Gutiérrez condenou manobras nesse sentido como a que realiza agora os Estados Unidos contra Quito ao pretenderem novas sanções econômicas.

Não basta a Washington o bloqueio econômico contra Cuba há mais de cinco décadas, agora arremete contra nosso país, que com a liderança do presidente Rafael Correa, protagoniza também um processo de mudança, afirmou.

Para o Defensor do Povo do Equador, a reunião de Cochabamba marcará outro passo no fim do capitalismo e seu sistema consumista.

Para trás ficarão cerca de cinco séculos de produção de enormes riquezas que estão distribuídas em poucas mãos, isso é o capitalismo, um sistema cujas bases é o egoísmo e a destruição dos recursos naturais indispensáveis como os hidrocarbonetos, explicou.

O ativista equatoriano estimou de vital que as conclusões da Conferência dos Povos de Cochabamba sejam entregues aos estadistas que se reunirão no final deste ano no balneário mexicano de Cancún, em outra Cúpula sobre mudança climática.

O Equador está representado na reunião na capital valluna por uma delegação de 500 pessoas em nome de movimentos sociais e organizações indígenas.

No dia 22 de março deste ano realizou-se um encontro preparatório desta reunião na Universidade Andina de Quito, evento que contou com a intervenção de diversas organizações, cujos delegados discutiram, analisaram e formularam várias propostas que possibilitem tomar ações concretas para frear o aquecimento global.

A delegação equatoriana recebeu o missão de sustentar o projeto de Declaração Universal de Direitos da Mãe Terra e a organização de um referendo mundial sobre a mudança climática.

Também respaldarão a criação de um Tribunal Internacional de Justiça Climática, para julgar governos e empresas que destruam a vida no planeta.

lma/ga/es

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