Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Fórum internacional em Manaus busca alternativas sustentáveis para a Amazônia /// Agencia Verde

Renata Giraldi


Repórter da Agência Brasil

Brasília – Empresários, cientistas, ambientalistas, artistas e políticos se reúnem hoje (26) e amanhã (27) em Manaus para buscar um acordo que viabilize ações que permitam a preservação e o desenvolvimento econômico da região amazônica. É o Fórum Internacional de Sustentabilidade. Uma das estrelas dos debates é o ex-vice-presidente dos Estados Unidos e Prêmio Nobel da Paz de 2007, Al Gore.

Responsável pelos debates, o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), afirmou à Agência Brasil que o fórum é o local adequado para que todos apresentem seus pontos de vistas e sugestões. Segundo ele, as divergências que separam ambientalistas e financistas surgirão, mas não ofuscarão as discussões.

“Todos têm consciência de que só há um meio para a sustentabilidade da Amazônia: os recursos privados. Não tem outro. O apoio das instituições públicas é grande, mas insuficiente, então temos de encontrar uma forma de viabilizar este processo”, disse o governador, que pretende reunir de 400 a 500 pessoas no Teatro Amazonas – uma construção do século 19 considerada uma obra de arte.

Determinado a buscar alternativas para a sustentabilidade na Amazônia, Braga descartou o risco de decepção que dominou a Conferência sobre Mudanças Climáticas de Copenhague, na Dinamarca, realizada no ano passado. Segundo ele, a ameaça está afastada porque o fórum de Manaus está sendo realizado em outro momento econômico e político.

“No ano passado, os países mais ricos viviam ainda a aura da crise financeira internacional. Agora, o momento é de recuperação econômica. Os Estados Unidos reagem à crise e animam os outros países”, afirmou Braga. “Na prática, o entusiasmo reduz quando há uma crise econômica, foi o que houve em Copenhague.”

Para o governador, é fundamental ainda a participação do ex-vice-presidente dos Estados Unidos e Prêmio Nobel da Paz de 2007, Al Gore. Segundo Braga, Al Gore pode ser um interlocutor de peso em favor da Amazônia. “O ex-vice-presidente é respeitado internamente e externamente no cenário político. Ele sabe e conhece a importância dos temas ambientais. Estou confiante de que vamos poder contar com o apoio do Al Gore.”

Em 2007, Al Gore e uma organização comandada pelo indiano Rajendra Pachauri receberam o Prêmio Nobel da Paz. A atuação deles na preservação do meio ambiente e a divulgação do conhecimento sobre as mudanças climáticas e seus efeitos no planeta levaram à premiação.

Ambientalista, Braga é autor da primeira Lei de Mudanças Climáticas e Conservação Ambiental do país. Também é o coordenador nacional do programa socioambiental do PMDB e responsável pela criação do Programa Bolsa Floresta.

O programa determina uma recompensa financeira por parte do estado do Amazonas aos moradores de unidades de Conservação estaduais (UCE). O governador também criou a Fundação Amazonas Sustentável – que deve funcionar como base para discussões políticas sobre as mudanças climáticas

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