Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Mercados de carbono originados a partir de projetos florestais geram US $ 150 milhões///Point Carbon

pesquisa publicada em 14/jan/2010.
Por John McGarrity - jm@pointcarbon.com
Tradução : Laércio Bruno Filho



O Mercado de carbono com projetos florestais angariou 150 milhões dólares até agora , correspondendo á 21 milhões de toneladas comercializadas.

Uma pesquisa feita pela Ecosystem Marketplace apontou que um preços medi de 7,12 dólares para o crédito florestal - a maioria deles para mercados voluntários em vez do “compliance”, no ano de 2008.

O levantamento, que teve uma amostra de mais de 100 participantes, diz que os preços nos mercados de “compliance” são bastante mais elevados - como no regime de emissões na Bolsa da Nova Zelândia - onde os preços em média giravam em torno de $ 12,31 até a data.

A Chicago Climate Exchange responsável por 26 por cento do mercado voluntário em termos de volume de transações, mas apenas 14,4 por cento em valor, refletindo os atuais preços mais baixos em sua operação, segundo a pesquisa.

Dos 21 milhões de toneladas, transacionados até ao momento, 40 por cento estavam na América do Norte e 22 por cento na América Latina, enquanto a Oceania (Austrália, principalmente) 16 por cento e África com 11 por cento.

Ásia e Europa compuseram por 6 e 4 por cento respectivamente.

Ecosystem Marketplace disse que os créditos de carbono florestais mais transacionados até a data foram os do tipo Aflorestamento / Projetos de Reflorestamento (afforestation/afforestation projects), com 63 por cento.

Isto é seguido por Redd (17 por cento) e projetos de melhoria da gestão florestal em 13 por cento.

Incerteza

A pesquisa disse que o mercado de carbono de projetos florestais "está em uma posição incerta, mas à beira de um crescimento potencial enorme", especialmente em Redd.

O Acordo de Copenhague, demanda signatários para assim incentivar o desenvolvimento de Redd. Os créditos gerados por REDD poderão ser elegíveis para o uso em um futuro regime federal de comércio de emissões nos EUA, caso algum seja promulgado pelo Congresso.

Apesar disso o volume de transações em projetos florestais continua a ser uma pequena fração do mercado global de carbono, devido às metodologias altamente complexas no setor e dos riscos regularmente mencionados por investidores em carbono.

Medir a quantidade de carbono absorvido pelas árvores é realmente complexo, assim como o tempo de permanência das florestas e a questão da titularidade dos créditos, ainda representam grandes entraves.

Obstáculos

Os críticos também afirmam que os projetos florestais absorvem muito menos carbono do que prometem em seus projetos.

Poucos projetos têm conseguido obter registro através do protocolo de Quioto, mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL). O embargo da UE à importação de compensações florestais para o bloco de comércio de emissões também tem limitado as perspectivas para o setor.

Além disso, os vendedores de VCUs ( offsets) no mercado voluntário tem se distanciado dos créditos florestais por conta das dificuldades relacionadas com este setor.

Mesmo assim os defensores da silvicultura argumentam que a estruturação de um mercado e promissor para o plantio de árvores ou de proteção para a floresta existente é essencial, dado que o desmatamento contribui para 15-20 por cento das emissões globais de gases com efeito de estufa.

Avanços nos processos de controle e vigilância nos projetos do tipo florestal significam que as reduções de emissões geradas podem ser monitoradas com precisão, assim como mecanismos financeiros podem ser colocados em prática para atenuar a questão dos riscos inerentes, acrescentam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário


Informação & Conhecimento