Carta da Terra

"Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (da CARTA DA TERRA)

Sustentável Mundo Desenvolvido??

(clique sobre o gráfico para obter melhor leitura)
por Laércio Bruno Filho

As lideranças dos países desenvolvidos, ricos, não pretendem estabelecer metas efetivas de redução dos gases que provocam o efeito estufa. Países como Japão e Noruega arriscam-se a assumir posições; até agora isoladas no grupo dos Desenvolvidos; de reduções de emissões mais ousadas,aliás como tem que ser segundo os cientistas, para não provocar o cenário catastrófico com os 2 graus centigrados adicionais.

Metas Efetivas
Os cientistas afirmam e enfatizam que a redução deverá ser de até 40% de redução nas emissões de GEE nos padrões-base de 1990, durante o periodo 2012 até o ano de 2020. Isto significa que durante este período todas as nações, principalmente as desenvolvidas, "devem" reduzir sua emissões em 40%, tomando-se por base as emissões medidas no ano de 1990. Hoje após muita discussão, há uma concordancia inicial, ainda não formalizada em torno de do estabelecimento 23% de redução.

Isto signfica um corte considerável, mas ainda distante dos necessários 40%. Quando se fala em reduzir emissões, isto significa reduzir produção, consumo,"way of life" e isto os países desenvolvidos não querem, alegam por exemplo, que provocarará desemprego, recessão, riscos à economia local.

Estes países desejam reduzir pouco sua emissões.
EUA por exemplo, apesar de todo o alvoroço provocado por Obama, apresenta um simplório plano de redução de apenas 4% em relação à 1990, que deve ainda passar por aprovação interna do congresso local,enquanto que o Tratado de Kyoto(vigente) propõe 5,2%. Os EUA não o assinaram, não vão e não desejam sua continuidade.

Importante sempre lembrar que as emissões de gases que provocam o esfeito estufa e como consequencia o Aquecimento Global são resultantes da revolução industrial, originada no hemisfério norte, na segunda metade do século 19. Foi a partir deste evento que se consagraram as nações desenvolvidas e a geopolitica mundial vigente até hoje

Posição dos Países emergentes
Por outro lado, os países emergentes, Brasil , China e India, estão sendo fortemente pressionados pela mesma comunidade Desenvolvida para que assumam expressivas metas de redução de emissão dos GEE. Pois são diretamente acusados de que para alavancarem o seu crescimento e se tornarem países desenvolvidos, poluirão mais ainda o mundo.
A mensagem é clara.

Brasil, China e India, não concordam em assumir metas de redução, pois isto significaria sacrificar ainda mais seu desenvolvimento e crescimento, estagnando-os e mantendo-os em eterna dependencia dos Desenvolvidos.


Este é o grande impasse surgido já há anos atrás; apenas que agora, com toda a atenção mundial voltada sobre este encontro em Copenhaguen , ele vem à tona e adquire a sua real proporção. O que é grave.

Mostra o quão Sustentável é o mundo desenvolvido!

Já há uma corrente de opiniões se formando na direção de que este será mais um Encontro entre as Partes onde a vontade do mundo desenvolvido prevalecerá sobre os demais.

E o mundo continuará sem um termo politico definido entre as nações para aplacar o aquecimento global e suas consequencias que prejudicarão, inquestionavelmente,os países mais pobres.

Não podemos concordar com isto! O encontro de Copenhague tem que produzir um postulado equilibrado e positivo para o planeta.

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